O
artesanato em couro na cidade de Jequié já foi motivo de forte comércio no
referente município.
Na
década de 1950 existiram diversas selarias e sapatarias, e isto gerava empregos
nas oficinas e curtumes da cidade. A atividade do ramo do couro que mais representava
na época era o seleiro. As selas de Jequié eram caracterizadas como as
melhores. Tropeiros, boiadeiros, vaqueiros e muitas pessoas influentes
adquiriam as selas fabricadas em Jequié.
O
seleiro Edvaldo Souza, por exemplo, trabalhava com muita dedicação e
apresentava um trabalho diversificado no ramo da confecção das selas,
transformava uma simples pele de couro numa obra de arte. Seu Edvaldo chegou a
fazer selas para outros países como os Estados Unidos e a Suécia.
Ainda
no livro “Figuras típicas e Religiosidade Popular de Jequié” do autor Domingo
Ailton, encontra-se trechos que faz ressalva a respeito deste comércio e
ressalta o Sr Edvaldo Souza que vendia selas para o Rio de Janeiro, São Paulo e
para outros países.
O Sr
Edvaldo Souza já faleceu, porém atualmente seu filho Edvaldo Souza Filho
conhecido por “Rocha” lembra com saudades daqueles tempos e hoje ainda fabrica
selas, porém não nega a falta que sente do pai tanto na vida pessoal, quanto na
profissional. Rocha trabalha também na confecção de bolsas, sandálias, e outros
artigos de artesanato, atividade que desenvolve junto com o seu filho, Agnus, e
isso nos permite entender que esta herança tem sido passada de pai para filho.
Este
texto foi redigido em 18 de janeiro de 2013 pelo grupo de estudantes do quinto
semestre de história da Universidade Estadual do Estado da Bahia (Uneb) em
entrevista ao Senhor Edvaldo Souza Filho, popular “Rocha”.